Como tínhamos uns dias para esperar os pais da Cá chegarem a La Paz, decidimos aproveitar para se desligar um pouco do cyber mundo e se conectar com a Terra e a natureza. Fomos passar alguns dias em Copacabana, na verdade, na Ilha do Sol, no lado boliviano do lago Titicaca.
Chegamos à cidade de Copacabana. Uma cidadezinha charmosa, linda e com energias muito positivas. Como estávamos com vontade é de emergir em meio à natureza, reservamos nossas energias para desfrutar da Ilha do Sol.
Demos uma volta na cidade, encontramos o casal de amigos que conhecemos em Tilcara – Argentina – Stela e Guillaume, comemos uma truta e conhecemos outro casal muito gente boa. Patrícia Wanda, brasileira, e Johnny Wanda, americano. Os dois estão em uma empreitada do Alasca ao Brasil e pretendem morar na pátria amada por um tempo; já que residiam nos Estados Unidos. Viajam em um 4×4 com muita vontade de viver e conhecer o mundo.
Como estávamos muito cansados, mal chegamos ao hostel, já capotamos e não pudemos curtir a noite da cidade. Mas, como sabíamos que voltaríamos lá com os pais da Carol, isso não era um problema.
Da cidade de Copacabana, às margens do Lago Titicaca, é fácil chegar até a ilha. Todas as manhãs, às 8h30 saem diversos barcos rumo à ilha. Eles vão e voltam, levando tours diários ou gente que vai para passar algumas noites e dias.
Saímos de manhazinha e conseguimos negociar nossa ida para o lado norte da ilha por Bs$20,00/U$2,80 pax.
Os barcos deixam em duas partes da ilha: no lado sul, à 1h30 navegando, ou o lado norte, à 2h00 navegando pelo lago. Nós planejamos conhecer os dois lados e dormimos duas noites nas tranquilas praias do lado norte e, depois, uma noite na imponente montanha do lado sul.
Chegando ao lado norte nos demos conta de que ali nos esqueceríamos do tempo. Um PARAÍSO!
O lugar é completamente bucólico e rupestre. Os sons são dos pássaros, burros e porquinhos que vivem soltos por todas as partes. É muito louco! Não existem cachorros nesse lado da ilha, mas por qualquer lado você vai, você se depara com uma família de porquinhos correndo, comendo e brincando por aí!
Os burros são utilizados como animais de carga da região. Ah! E não podiam faltar algumas lhamas que, também, compõem esse cenário de uma cultura antiga viva.
Bem, encontramos um lugarzinho tranquilo para dormir essas duas noites. Um quarto para nós dois que saiu por Bs$40,00/U$5,70 de frente para a praia do porto. Sem palavras para descrever todo aquele visual e aquela paz!
Nesse paraíso, sem internet e infraestrutura, nos conectamos ainda mais com a natureza.
Passamos os dias de uma prainha para a outra, sentados na areia, fazendo macramê, contemplando tudo aquilo. Aquela beleza da natureza a, quase, 4.000m de altitude.
Na parte norte ainda está grande parte das ruínas e templos sagrados da cultura pré-inca, os Tiwanacos, mas deixamos para visitar essa parte com os pais da Cá.
Conhecemos uma molecada gente fina nesses dias. Quatro argentinos que estão viajando pelo nosso continente, também.
Dividimos bons momentos e risadas por ali! Tentamos fazer uma fogueira juntos, a qual foi impedida por um morador local. O cara queria expulsar a gente da ilha! Enfim, respeitamos a cultura e a vontade do senhor.
No dia seguinte, era dia de conhecer as maravilhas da parte Sul.