Alugamos (Carol, Ivan e o grande amigo, Rafinha) um carro em El Calate e fomos para El Chaltén desbravar as montanhas da capital nacional argentina do trekking. Lá está o famoso e grande Cerro Fitz Roy com seus 1.951 metros de proeminência. Uma formação rochosa que toca as nuvens e engrandece o lindo povoado.
Para aquecer, no primeiro dia em que chegamos fomos dar um passeio por umas estradas e fizemos a pequena trilha até o Chorrillo del Salto. Que visual!
A cachoeira, apesar de grande parte congelada, caía com força e tinha seu paredão decorado com “espadas de gelo” por todos os lados! Uma decoração exclusiva do inverno. E grande parte do lago que se formava com a queda, também, estava coberta com uma película de gelo.
Nos demos conta que as trilhas iam estar cobertas de gelo e neve, ainda mais subindo as montanhas.
Bom, chegou o dia seguinte. Tomamos um bom café, nos preparamos com água, comida e roupa adequada. E começamos a subir a montanha.
Fomos pela trilha que se chama Lago Torres. Que em seu ponto final, levaria ao lago onde há um mirante do Cerro Torre e do Glaciar Grande. Eram basicamente 11km em 4horas de caminhada.
Mas…a trilha estava cheia de neve e gelo! Com algumas pegadas bagunçadas para marcar o caminho. E caminhamos, e subimos e tivemos uma linda vista do Cerro Fitz Roy e da Cascada Margarita…
… mas o problema foi quando tivemos muitos caminhos marcados com muitas pegadas! E bem, temos que escolher um caminho para tudo nessa vida, não é?!
Seguimos algo que parecia fazer mais sentido e nos deparamos com um riacho todo congelado a nossa frente, quando quase estávamos voltando vimos dois atletas correndo pela trilha em nossa direção. Conversamos com eles, nos explicaram como cruzar o rio (com sucesso!) e, também, que depois de 2 horas de caminhada, estávamos indo para o lado errado e a melhor coisa daquele ponto era voltar ao povoado.
Bom, já contentes com o visual que desfrutamos e a loucura de fazer trilhas congeladas, decidimos continuar caminho ao povoado.
Em um momento, ainda do alto, mas já com vista para a pequena cidade, sentamos, desfrutamos, contemplamos e fizemos o nosso “venerado” Cerro Bambino.
Explicação: nessa região existem várias formações de rochas erráticas (rochas empilhadas estranhamente). Ficamos com vontade de fazer a nossa formação! E ficou bem legal!
Após esse momento, começamos a descer em uma pendente BEM pendente. Foi com bastante emoção!
Lá de cima, vimos uma linda lagoa congelada. Descemos até ela e almoçamos sentados a suas margens. Uma paz indescritível.
Ah! E a Lagoa tava congelada MESMO! Dava até para brincar de caminhar nela, e jogar pedras e tudo mais…mas não passamos da beradinha!
Sem o objetivo final completo, mas felizes, voltamos para o aconchego do Hostel Lo de Trivi! Para relaxar e desfrutar da tranquilidade de El Chaltén!
E conversando, chegamos a conclusão de que El Chaltén é um destino que merece uma outra visita, mas que seja no verão! Porque o acesso e a quantidade de atividades nessa época são muitos!
No verão, muitas agências abrem suas portas para várias atividades nas montanhas, como trekkings, cavalgadas, ciclismo, alpinismo, entre outras coisas.
Mas a beleza e a tranquilidade de El Chaltén e suas grandes montanhas estão lá o ano inteiro!